entre o estar e ser triste ...
A seguir, me encontrarás
Tão perdido que já não
Poderei me separar
Da descrença e da razão.
A seguir, das cenas da
Minha vida restarão
Só reflexos dos dias
Em que pude dar as mãos
A alguém que me quis,
Alguém que se importou
Alguém que soube entender
Sem pedir explicação.
Ah, ouvir teu nome foi
Mais remédio que dor.
Teu sabor santo me fez
Esquecer o epílogo.
A seguir, me deixarás
Tão confuso em perdão.
Que não reconhecerás
Em meus lábios conclusão.
A seguir, o silêncio
Tomará o espaço
Onde antes havia
O jardim em que nós dois
Juramos ser felizes,
Corremos de mãos dadas
E esquecemos tudo enfim
Que nunca nos disse nada.
Ah, dizer teu nome foi
Tão completo quanto o fim.
E agora que a dor voltou
O que será de mim?
O tempo é uma maldição
A insistir, persistir, conseguir
Me diz agora então
Quem vai cuidar das
Flores que deixamos sem
Abrigo na estação
De frio eterno que
Deixamos entrar aqui
E congelar nossos olhos
No vazio da multidão ...
--Nene Altro
mais um noite de insonia e angustia voluntaria, dói menos enquanto estou; mas o desespero do "depois" é tão grande que, ao fim de meu ultimo cigarro, faz pensar se vale realmente o quanto pago ...
e o fim de ano chegou mais uma vez ...
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